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Zé da Velha, o mais conceituado trombonista de choro em atividade, ganhou o apelido dos seus mestres Pixinguinha, Donga e João da Bahiana. Tocou com Jacob do Bandolim, Valdir Azevedo, Copinha , Abel Ferreira e Joel do Nascimento e junto com Paulo Moura animou muitos bailes de gafieira, levando nossa música a vários paises. Fez base dos discos de Beth Carvalho, Martinho da Vila e muitos outros. Silvério Pontes é filho de trompetista, nasceu apaixonado pelo instrumento tendo iniciado a carreira de trompetista aos oito anos de idade.Teve sua formação em banda de música no interior do Estado do Rio de Janeiro, sendo o único trompetista brasileiro da atualidade que se dedica ao Choro , gênero com uma linguagem brasileiríssima, tendo participado com vários artistas importantes da Música Brasileira como Tim Maia, Luís Melodia e outros tantos.A dupla é considerada pela mídia como a “MENOR BIG BAND DO MUNDO" pela sonoridade reproduzida pelos seus respectivos instrumentos. Da admiração e da amizade marcadas entre esses dois músicos,esse ano fazendo 25 anos de carreira, vamos deixar aqui um pouco dessa história...Sejam Bem Vindos!

Zé da Velha e Silvério Pontes

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Depois de seis anos sem tocar na cidade, a dupla Zé da Velha e Silvério Pontes volta a Brasília no Clube do Choro.

Irlam Rocha Lima

Publicação: 14/04/2010 07:00 Atualização: 14/04/2010 08:56

Há quem diga que eles formam a menor big band do mundo. Faz sentido. O som que o trombonista Zé da Velha e o trompetista Silvério Pontes produzem é tão múltiplo e rico em suas nuances que dá a impressão de ser de uma orquestra. O brasiliense poderá apreciar o requinte instrumental desses dois músicos talentosos em show de hoje a sexta-feira, às 21h, no Clube do Choro, pelo projeto Brasília 50 Anos, Capital do Choro. Eles terão a companhia do grupo Choro Livre, formado por Henrique Neto (violão sete cordas), Rafael dos Anjos (violão seis cordas), Márcio Marinho (cavaquinho) e Tonho Affonso (pandeiro).


A dupla em ação: orquestra de dois
Sem se apresentar na capital há seis anos, a dupla — que brilha nos palcos do Rio de Janeiro e de outras cidades brasileiras há 25 anos — vai mostrar o resultado do trabalho em cinco discos, nos quais focaliza clássicos do choro e do samba e temas menos conhecidos do grande público. “Em nosso repertório não podem faltar músicas de grandes compositores da velha guarda, com os quais convivi e toquei”, afirma Zé da Velha.

“Comecei a tocar profissionalmente na adolescência. Aos 17 anos, já conhecia Donga (autor de Pelo telefone, o primeiro samba gravado), João da Baiana, Pixinguinha, Patrício Teixeira e Bide da Flauta (um dos fundadores do Clube do Choro). Mais tarde, passei a acompanhar Abel Ferreira, Paulo Moura e Beth Carvalho, entre outros, e marcava presença em duas rodas de choro que se tornaram famosas nos subúrbios do Rio, a Suvaco de Cobra, na Penha Circular, e a do Boteco do Chorinho, em Bonsucesso”, lembra o trombonista.

Referência em seu instrumento, Zé da Velha tem diminuído sensivelmente o número de apresentações e de viagens, desde a morte da mulher, há três anos. “O baque foi muito forte para mim, depois de uma união de quase 50 anos. Só aceitei esse convite feito pelo Reco do Bandolim para voltar a Brasília porque o show vai ser no Clube do Choro, lugar onde sempre fui acolhido com carinho, junto a meu parceiro Silvério Pontes”, revela.

Pixinguinha
No repertório do show estão temas extraídos das obras de Pixinguinha (Cheguei e Oito batutas), Jacob do Bandolim (Bole bole e Doce de coco), Waldir Azevedo (Carioquinha), Astor Silva (Choro de gafieira) e Hélio Nascimento (Amigo velho). Também entram os sambas Pelo telefone (Donga), Gavião calçudo (Pixinguinha), Sem compromisso (Geraldo Pereira) e Pecado capital (Paulinho da Viola). “Incluímos no roteiro Maxixe em família, que compus com Chico Nacarati, finalista do festival de música promovido pelo Museu da Imagem e do Som, que gerou o CD Chorando no Rio”, conta Silvério.

A incidência de composições de Pixinguinha no roteiro se explica pelo fato de a dupla ter lançado, em 2007, o álbum Só Pixinguinha. Para este ano, o projeto maior dele e de Zé da Velha é a gravação de um DVD no qual, pela primeira vez, pode aparecer uma parceria dos dois. “Embora há tanto tempo fazendo show e gravando disco com o Zé, nunca compus com ele. Agora acho que chegou a hora de fazermos uma música juntos, para comemorar os 25 anos de parceria”, acrescenta o trompetista.

Silvério lembra que conheceu Zé da Velha em 1984, tocando num bar chamado Boca da Noite, na Rua do Mercado, no Centro do Rio. “Quem nos apresentou foi o flautista e compositor Cláudio Camunguelo, morto há dois anos. A partir daí, passei a marcar presença em locais em que ele se apresentava, com o Paulo Moura e o Mário Pereira. Só fomos tocar juntos em público depois de gravarmos o disco Só gafieira, em show no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil”, recorda-se.

Para o trompetista, o trombonista é um mestre e uma referência em seu ofício. “Embora o Zé seja de outra geração, temos uma grande afinidade artística e pessoal. Ele é o rei do contraponto. Em nosso trabalho, ele repete o que Pixinguinha fazia ao tocar com Benedito Lacerda. Ou seja, enquanto eu faço a melodia, ele faz o contraponto em cima”, comenta, cheio de admiração.

Zé da Velha e Silvério Pontes
Show do trombonista e do trompetista de hoje a sexta-feira, às 21h, no Clube do Choro (Eixo Monumental, ao lado do Centro de Convenções Ulysses Guimarães). Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). Não recomendado para menores de 14 anos. Informações: 3224-0599.

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